Dina fala "em menos mulheres na rua", Carina diz o contrário
Enquanto tenta evitar o frio, dando pulinhos, Carina (nome fictício), conta ao DN que "existem cada vez mais mulheres na rua". Apesar de se sentir uma diminuição de clientes, "vêem-se muitas romenas" assegura a mulher franzina de mini-saia cor-de-rosa, top azul e ténis, que costuma trabalhar junto ao Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
Do outro lado da universidade, um grupo de quatro mulheres todas estrangeiras, contraria esta versão. "Há menos mulheres na rua, porque também há menos clientes", garante Dina (nome fictício), perante os acenos de assentimento das amigas oriundas de países de Leste, que ainda não estão muito à vontade com o português. Sentadas na paragem do autocarro esperam os clientes que teimam em não vir, enquanto lançam olhares para cada lado da rua. Os carros param, mas partem depressa, sem que nenhuma delas tenha saído do lugar.
A falta de movimento, numa noite fria de quinta-feira, leva as mulheres a olharem com desconfiança quem as aborda e, para não perderem negócios ou por inibição, muitas prostitutas recusam-se a falar, afastando-se.